Olá senhoras e senhores roladores de dados, começaremos a tratar, de hoje em diante, sobre os diferentes tipos de jogadores e como os outros jogadores – e nosso amigo mestre – deveriam lidar com ele. Desde como aceitar seu “jeitinho peculiar”, até a “colocá-lo na linha”.
Sim, senhoras e senhores, colocar na linha sim, porque alguns tipos de jogadores podem facilmente – ou não – causar desagrados e prejudicar a diversão dos outros integrantes da mesa, e do próprio mestre.
E, para abrir essa fase da coluna, vamos logo tratar do jogador que é o mais odiado, vil, imoral, destruidor de mesas de jogo e ownador de vilões finais.
O APELÃO.
Primeiro: como reconhecer esse jogador maléfico.
E depois, ele “esquece” as desvantagens de seu personagem.
Sim, sim, porque o apelão sempre ignora os defeitos de seu personagem. Ele pega aquelas desvantagens para conseguir pontos de bônus, e depois “esquece” aquele inimigo/dever/segredo, e segue na campanha se aproveitando de seus enormes poderes. Em D&D e outros sistemas onde não existem desvantagens, o apelão prolifera com maior força, pois ele apenas coleta os melhores talentos/magias/poderes especiais e faz seu personagem não ter defeitos.
Como os jogadores então lidam com o apelão?
De duas formas: ou o aceitam de bom grado, com o lema “pelo menos ele está do nosso lado”, não se importando com o fato de que aquele personagem passa pela aventura sem problemas, enquanto eles sempre correm risco de morte.
Então mestre, lembre-se que se o apelão pode cavar regras obscuras, você não só tem esse mesmo poder, como também pode DRIBLAR e DISTORCER regras. E você não será condenado por isso.
O mestre também pode simplesmente PROIBIR os combos mirabolantes do apelão, impedindo-o de fazer essas coletas. Em alguns sistemas, restringir o uso de certos livros funciona bastante para coibir o apelão e nivelar o poder da mesa.
Proibir certas multi-classes também é válido, pois o apelão se beneficia das vantagens de duas classes, fazendo com que uma anule as desvantagens da outra, fazendo seu personagem ser “perfeito”. Assim, o apelão normalmente faz um guerreiro/mago/ladrão, se beneficiando dos bons pontos de vida e bônus base de ataque do guerreiro, das magias do mago e das habilidades com armadilhas do ladrão.
Assim o apelão passa sua imagem de auto-suficiente e não tem a desvantagem do pouco alcance do guerreiro, dos poucos pontos de vida do mago e suas magias limitadas, etc.
O mestre faz bem em lembrar o apelão de suas desvantagens, e construir aventuras onde as habilidades dos outros personagens do grupo sejam valorizadas. Cabe também ao mestre construir inimigos que consigam anular os maiores poderes do apelão, ou, até, ter os MESMOS PODERES DO APELÃO.
Sim, porque seus poderes nada mais são que uma ficha, e o mestre pode simplesmente usar um “gêmeo maligno”, com a mesma ficha e os mesmos poderes.
É... não é muito fácil colocar o apelão na linha, mas é possível.
O que eu fiz? Um inimigo imune à magia.
Bom, ficamos por aqui essa semana, e eu espero que tenha sido esclarecedor, instrutivo, ou, pelo menos, divertido (pelas imagens, ta valendo, hehe).
Semana que vem, a missão continua, dessa vez com outro jogador bastante peculiar.
Até semana que vem pessoal.
Que vocês rolem bons dados.
o/
RAFERO'S BEDELHO: Cliquem nas imagens para vê-las em maior resolução. Blogspot must die ¬¬
7 comentários:
(Fiz o que pude, amigo ;)
Ótimo texto, ótimas dicas, mas eu acho que podia ter dicas pros jogadores lidarem com essa casta também, algo tipo "Interpreta que nem homem, poha!"
(ah, sei lá, vc que eh o especialista XD)
Outra parada, eu não acho que "apelice" seja uma coisa a ser "corrigida" ou "repreendida"...
Contanto que não atrapalhe a diversão dos outros jogadores (e acho que essa foi a abordagem do seu post), cada um joga do seu jeito, ué.
Aaaaaand, outra coisa, sério, uma boa DR resolve 90% dos problemas... você sabe de quem estou falando.
Auhauahuahua, muito bom!
Mas peraí! Se não me engano, o mais apelão ever é o mestre! E não há nada que se possa fazer contra esse cara!
@ Danijija - Pode sim!!! Fala pra ele "ô filho... PARA DE APELAR!"
@ Rafero - sim sim, foi essa abordagem mesmo, e a dica pros apelões é "filho, interpreta aí..." rsrs
eu naum posso falar nada sobre apelões, simplesmente pq tenho uma personagem de D&D 3ª Edição (e depois c/ a ficha refeita p/ o 3.5) a 6 anos, ela se tornou a coisa mais apelã da mesa da qual eu jogo, sim, na nossa mesa tbm soh tem personagens apelões q foram se tornando assim ao longo das aventuras, eu soh tenho uma coisa a dizer, pelo menos no D&D 3ª Edição, se tornar apelão eh soh uma questão de tempo, pq todo mundo vai fikar overpower um dia...
@ Kikah - Mas veja bem, evoluir, ganhar poder e ficar poderoso é o destino de todo personagem que sobrevive, não há nada de errado nisso.
O Apelão já cria seus pesonagens assim, ele não conquista o poder na base do XP e da campanha, ele "comba" regras logo de início. XD
@Rodox - ahhh sim, isso ocorreu c/ um jogador dessa fatidica mesa de D&D da qual eu faço parte, o cara entrou na mesa, a gente ja tava d um certo lvl, ele fez um personagem cheio d classe d prestigio, sem quase nenhum defeito e por ae foi, resultado: o mestre teve q por inimigos p/ kebrar ele em algumas coisas das quais ele tinha mais baixo, por consequencia o resto do grupo quase sempre c ferrava mais doq ele, maaas a gente sempre tinha um jeitinho diplomatico d sair dos apuros... e eu naum contra os apelões, desde que naum atrapalhe a mesa...
@ Kikah - Hahahahaha, é... o risco do apelão na mesa é atrapalhar a vida dos outros jogadores, mas um bom mestre e um bom grupo resolvem bem a situação (como vocês resolveram).
E não, eu não sou contra apelão, rs, desde que não atrapalhe a mesa XD
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