terça-feira, 25 de agosto de 2009

Rolando os Dados


Como lidar com... ei, o que houve aqui?



Olá mais uma vez, senhoras e senhores roladores de dados, amantes de acertos críticos e afins! Hoje estamos aqui para fechar nosso mega-review “como lidar com...” falando do último subtipo clássico que nos resta:



O Roleplayer


Esse tipo de jogador não esquenta muito com as regras, não quer poder, não liga muito pra história nem pra quantos monstros o personagem dele mata.

Ele quer interpretar.

Tipicamente jogando com personagens não necessariamente “combativos” ou “competitivos”, o Roleplayer “puro” gosta de cada momento de jogo onde ele encarna na pele de seu personagem, realmente atuando como ele. Jamais diz “meu personagem diz...”, dizendo, de fato, o texto de seu personagem e suas ações em primeira pessoa sempre. Acaba por se divertir mais em situações onde não há combate, e sim possibilidades de conversa e barganha.

Coloque o Roleplayer numa taverna e veja-o tentar conquistar a garçonete, fazer amizade com um bêbado e dançar frente ao palco do bardo (isso se ele mesmo não for um bardo! 60% de chance!!)

Apesar de ser um tipo que não gosta muito do combate em si, dele podem sair as cenas mais memoráveis de batalha, interpretando um sorridente e despreocupado guerreiro, que ri frente ao perigo e literalmente galhofa seus inimigos.

Acho que o único “problema” do Roleplayer é querer, por vezes, estender a interpretação de uma única cena por muito tempo, o que pode deixar a história muito arrastada e a ação em segundo plano. Acho que depois de ler os outros posts já dá pra saber o que eu vou dizer aqui: Saibam a dose certa!

Por experiência própria, uma boa mesa de jogo é aquela na qual os jogadores chegam em um consenso! Sim, consenso! Porque todos estão ali pra se divertir, e cada um não necessariamente se diverte da mesma forma que o outro.

Tentando transcender os subtipos e partir para uma visão pessoal, calcada na minha experiência com o RPG (São 11 anos de jogo, hehehehe), na prática esses subtipos são muito misturados. Nas mesas nas quais eu passei, o tipo mais comum seria uma mistura de Roleplayer com Historiador. Geralmente há um ou dois Advogados de Regras “light” também. E, quase sempre, um apelão.

O mais comum é que as mesas se formem baseadas em uma característica homogênea primária, que é o “ponto comum” entre todos os jogadores, independente de suas preferências.

Na primeira mesa que joguei esse ponto comum era o fato de sermos todos amigos! Hahahahaha! Pelo menos, de início foi assim. Mais tarde vimos que éramos todos uma grande mistura de Roleplayer (ao extremo! Até declaração de amor – de um PERSONAGEM pra OUTRA – já rolou) com Historiadores.

Em seguida passei por uma mesa no colégio (que raramente, muito raramente, ainda se reúne). Éramos apenas três jogadores e o cargo de mestre era “rotatório”. Os supracitados jogadores eram Rafero (sim, esse do blog!), Fábio (já citado no post do Advogado) e este que vos escreve. De cara, Rafero roleplayer total! Jamais me esquecerei de seus personagens ultra-mega-carismáticos! Fábio era um advogado de regras de marca maior, rsrs. O que acabava nos mantendo juntos foi o gosto Historiador que cada um de nós tem.

Recentemente eu jogo em duas mesas na faculdade (ahn... na verdade faz quase 3 anos, rsrs). Somos 8 jogando (sim, oito, eu não digitei errado). E temos desde jogadores super casuais (que só jogam mesmo pelo prazer de ficar na companhia da galera) até os joadores hardcore anotadores. Acho que esse também é um grupo que se mantém unido pela amizade, mas dá pra ver que, tirando raras exceções, todos possuem um gosto bem grande pela história.

Bom... usando minha experiência acumulada nessas (e outras mesas menores) eu chego em uma conclusão (que pode ser um grande equívoco): A história é o grande foco da parada! Quando o mestre cria uma boa história, em conjunto com os jogadores, Apelões, Advogados, Historiadores, Roleplayers, Jogadores Casuais, Hardcore Anotadores, etc; todos acabam chegando em um consenso e se unindo para que aquelas tardes/noites/madrugadas sejam divertidas para todos.

Também tenho aqui que redefinir uma declaração que eu fiz no post do Advogado de Regras. Sobre o tipo de jogador que eu sou:

Contextualizando: No mundo paralelo dos jogos de RPG, nós começamos uma empreitada, algo que era uma espécie de sonho que eu tinha há muito tempo, que tentei fazer duas vezes no passado, e que nunca deu certo.

Criar um mundo próprio para jogarmos RPG.

Explico: A maioria dos jogos de RPG tem cenários. Arton, A Terra-Média, O Universo de Star Wars. Todos esses são diferentes cenários (e MUITO BONS, por sinal) onde as aventuras podem existir.

Mas eu sempre achei que simplesmente usar um cenário pré-existente é falho. Normalmente um ou dois jogadores “se informam” sobre o cenário, sobre suas minúcias, diferenças, particularidades. Normalmente para o resto da mesa “é apenas mais uma aventura medieval”.

Eu sempre pensei que, se houvesse uma integração, e o mundo de jogo fosse criado pelos próprios jogadores, então a interação com o cenário seria muito maior.

Estamos tentando isso novamente. Eu estou muito empolgado com isso. De um jeito que eu não ficava com o RPG há muuuuuuito tempo (desde Kenneth Galford, Andrew Andermorth e Fenrir, pra ser exato).

De forma que, reformulando: Eu me considero um Advogado de Regras (sim, eu gosto bastante das regras do jogo, de discuti-las – fora da mesa, de preferência – e de aprendê-las) com MUITO de Historiador (putz... o que mais me empolga é criar história de personagem e mundos... diabos, não tenho como evitar) e com bastante de Roleplayer (só que depende da “intimidade” e “sincronia” com os outros jogadores da mesa).

E, a partir da próxima semana, vou tentar falar mais sobre o que eu mais gosto no RPG. As histórias. Tanto de personagens quanto de mundos.

Quem sabe não existem aí leitores com desejo de criar seus próprios mundos de jogo, ou personagens marcantes.

De repente, com 11 anos de estrada, eu possa dar uma dica ou duas, e aprender com os comentários de vocês!

Que vocês rolem bons dados!

o/

Até semana que vem!!

PS: As imagens não tem muito a ver com o post não, rsrs. São meus personagens favoritos em diversas histórias diferentes. See ya!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Review - Matsuri Hino (Parte I)

Uhuhuhuhuuhuhu... então cá estou eu de novo, sem nenhum atraso (que isso? Eu? Imagine...) ou complicação! E hoje vou falar de mangás!



Pois sim, não mais reviews de seriados ou filmes, mas um apanhado geral sobre as obras da mestra suprema Matsuri Hino! Bom, sei que existem outros mangakás tão ou mais supremos que esta, mas pra mim ela é uma deusa do shoujo (mangás com temas de romance, geralmente para o público feminino). E eu estou soando gay aqui porque vou falar de romances e historinhas mela-cueca – que eu adoro – mas não se enganem, eu sou macho, muito macho...

Posso estar sendo meio babaca em dizer isso, mas o que mais me chamou a atenção ao ver MeruPur – Märchen Prince (primeiro manga da autora lançado no Brasil) nas bancas foi a beleza da arte dessa pessoa. O que eu, uma leitora cascuda de mangás e de muitos shoujos, seriados ou oneshots, já reparei é que o traço desse gênero não é muito desenvolvido. É claro que isso não desmerece em nada a obra do autor, não é isso que estou dizendo aqui – Fruits Basket, por exemplo, é um mangá maravilhoso, um dos que mais me emocionou até hoje (leia-se: chorei em todos os volumes ¬¬) e os desenhos não são lá uma obra prima. Posso tecer aqui uma grande lista de exemplos, mas me contentarei com Kare First Love, Sunadokei e Karekano. Reforçando: são todas boas obras, e eu não quero dizer que os traços dessas artistas sejam ruins ou feios, cada um tem seu próprio estilo; mas no meu conceito, envolvendo proporção, movimentos, ações e beleza num conjunto, Matsuri Hino é impecável. E claro que o fato de eu ser uma desenhista amadora aguça meu olhar crítico sobre esses quesitos – mas é claro que todas as mangakás dessas obras que citei desenham muito melhor que eu, então deve ser melhor eu ficar na minha, huhu.



Dando continuidade à minha história de amor com MeruPuri... comprei a primeira edição e... ew! Pedofilia tensa! Digo, uma história fofinha e engraçada... o Príncipe Aster-ae-Daemonia Eucarystia Alam (Príncipe Alam para os íntimos), de apenas 8 anos, é amaldiçoado por seu irmão mais velho, Príncipe Aster-ae-Daemonia Eucarystia Jeile (Príncipe Jeile para os íntimos): ao anoitecer do mesmo dia em que a maldição foi colocada, Alam se tornaria um velho de muitos séculos, com os ossos apodrecendo, cheio de reumatismos, ceg... é, isso aconteceria se Jeile não cometesse um erro. Agora Alam envelhece 10 anos quando é exposto a ambientes escuros, e a única coisa que o faz voltar ao normal é adivinhem o quê? O famigerado beijo da princesa. Princesa esta que ele encontra fora de seu Reino Mágico de Aster, uma (obviamente, por que não?) simples colegial japonesa que misteriosamente possui um item originário da Família Real de Aster que liga os dois mundos. No começo é meio medonho imaginar uma adolescente beijando uma criançinha, mas o clima da história é bem ameno, com muito toque de comédia, te faz esquecer os poréns... mas o final compensa todas as dúvidas. Nem preciso dizer que recomendo, né! São só 4 edições!
Assim, ainda enquanto colecionava MeruPuri, comecei a procurar alucinadamente por outros títulos da autora. “Fui ao Japão” e descobri o sensacional oneshot Wanted e depois Vampire Knight, ainda em andamento. Tinha também ouvido falar em Toraware no Minoue, mas não consegui colocar minhas mãos nessa primeira obra que fez muito sucesso até que belamente este título brotou nas bancas brasileiras com o título Destino Cativo! Derramando um rio de lágrimas, colecionei os 5 volumes completos, e como é de se esperar dessa mangaká, uma bela obra do começo ao fim. Mas sobre esses outros mangás falarei no próximo encontro ^^

Então,
“See you, space cowboys… somewhere, sometime!”

Meet Chinchibi

É hora de conhecer o mascote.
("Óoooown" mode ON, please)





Este é Chinchibi.
Ele gosta de cenouras, arcos-íris, chocolate e de outras criaturinhas fofinhas.
Ele salva animais sem teto em suas horas vagas.

Você sabe o que acontece com ele quando você visita o site e não deixa comentários?

sábado, 22 de agosto de 2009

Vago e Específico 3

A arte, como sempre, taí pra fazer a vida valer a pena.



Quem me conhece sabe:
Sou fascinado pela arte.

Em todas as suas formas, manifestações, tipos, níveis...

Como disse Scott McCloud, arte é tudo aquilo que não está ligado diretamente a sobrevivência ou reprodução.

Vou deixar pra me estender nisso em um post futuro, até porque não quero ficar apenas transcrevendo o livro pra vocês (Desenhando Quadrinhos - Scott McCloud, M. Books).
Deixa eu formular uma opinião própria primeiro ;)


Eu sempre aprecio a arte, não importa MESMO o nível ou tipo; se é visível que o artista se esforçou e fez com o coração, é arte no nível máximo pra mim.
Mesmo que seja um refil de caneta bic com um corpo de madeira.

Algumas vezes, porém, eu vejo uma peça de arte que, além de esforço, coração, alma e afins, o artista transcendeu os níveis normais.
Não sei como explicar, mas são nesses momentos que eu acho mais fácil acreditar que existem Deuses entre nós (falling in love, like one of us... making mistakes, like one of us...)


Isso eu aprendi com 'Marley & Eu', se você colocar seu coração no seu trabalho, você vai tocar o coração dos seus receptores. Acredite em mim.


"Mas ô Rafaemo, que raio de post cheio de historinha e 'coração' pra lá, 'alma' pra cá???"

Eu vou me calar por aqui, apenas vejam este vídeo.
Depois me digam o que acharam nos comentários, ou email ( subghadernal@gmail.com )



Um grande abraço a todos.

Keep Benkyoing!

Espaço GeeK - Evolução dos Jogos e Consoles

Fala galera! Trazendo um post de verdade essa semana( que o rafero fez questão de falar que o post com o mosaico não conta como post ¬¬) Acredito que todos os nerds merecem relembrar um pouco como a nossa vida começou ! xD então continue lendo o artigo!


Num passado não tão distante mais precisamente em 1958, um nerd chamado William Higinbotham desenvolveu o "Tennis for Two" que seria considerado o primeiro game multiplayer do mundo... naquele momento em diante a vida humana melhorou consideravelmente!rs Dêem uma olhada no vídeo mostrando como o "game" funcionava.



Neste outro vídeo temos a evolução dos jogos.

OBS.: Sinceramente nem consigo enxergar tanta diferença! rsrs

Também tem um LINK muito maneiro com todos(ou quase) os consoles criados.

Quer ver a evolução dos controles? Olha que imagem legal...


Portáteislógico que não iria me esquecer deles!


Pistolas?Bazoocas?Guitarra? Controles especiais claro que não podem faltar.


Evolução dos personagens Mario, Link e Kong da Nintendo.


Espero que tenham gostado! Comentem por favor, assim saberei se estou agradando ou não!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O Selo - Capítulo 1

Um reino é assolado por um mal, e um jovem cavaleiro parte para enfrentar o perigo. Sua jornada de volta será tão perigosa quanto a de ida? E que mudanças terão acontecido em seu amado reino durante sua ausência?




***************************************** Voltando pra Casa *********************************************



Há anos o reino de Korhal sofria.

Tinha sido um reino próspero em sua fundação e mais ainda quando uma imensa torre surgira no horizonte. A torre era a morada de um velho mago, muito poderoso, e ele iniciou um processo de trocas comerciais com o reino, fazendo ambos prosperarem. Foi assim por décadas e décadas.

Até que o rei percebeu que tinha confiado na pessoa errada.

Começou com desaparecimentos na Floresta Alta. Lenhadores começaram a não retornar para seus lares. Suas esposas recorreram ao rei, e os Filhos de Korhal, a guarda de elite, se prontificou a descobrir o que se passara.

Dez partiram. Espadas e escudos, armaduras e cavalos. Três voltaram com a notícia fúnebre. A mata estava agora infestada por criaturas mortas-vivas e bestas invocadas por magia. O mago que vivia na torre era um necromante.

Assim se iniciou o sítio aos muros de Korhal. Noite após noite os muros eram atacados. Cada cidadão era um soldado defendendo a cidade, e a guarda de elite se postava também nos muros, todos lutando como iguais, pelo mesmo ideal. Mas mesmo que as criaturas nunca tenham conseguido penetrar as defesas da cidade, haviam baixas. Soldados, aldeões e guardas davam suas vidas pela segurança de todos. E cada soldado morto era uma criatura a mais na armada invasora.

E matar aqueles que foram um dia seus amigos, amantes, colegas, mães, pais, irmãos, estava destruindo a alma do povo.

O desespero tomara as ruas, e o rei, em seu palácio, olhava para sua linda filha e temia que algo de ruim acontecesse com ela. Pois, apesar de rei, era também ele um preocupado e atencioso pai. E aquele homem imponente, em cada uma de suas noites mal dormidas, rezava pra que os deuses lhe mandasse um aviso, uma solução.

Foi por isso que, quando um jovem cavaleiro se apresentou no salão real e clamou para si a missão de viajar até a torre do mago, sozinho, e derrotá-lo, o rei deu graças aos céus e o enviou, trajando cota de malha e elmo, armado com espada e escudo, na companhia apenas de um cavalo branco.

Se o rei tivesse pensado mais, se não fosse ele mesmo, em segredo, também um cidadão tomado pelo desespero, se não fosse ele também um temeroso pai, talvez tivesse reunido uma guarda maior, com seus melhores soldados para ajudar o jovem cavaleiro. Assim, quem sabe, a missão teria uma chance maior de sucesso.

Mas o rei em nada disso pensou, e o jovem partiu.

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Deixara seu lar há três ou quatro semanas, não sabia ao certo. Cavalgava lento, se apoiando em Rhano, agarrando-se à consciência. Sua pele era morena, e seus cabelos curtos e negros. Sua cota de malha estava rasgada em vários pontos, os anéis metálicos imprestáveis. Usava uma libré branca por cima da cota, com o símbolo de seu reino às costas. O escudo e o elmo tinham se quebrado na torre, e o jovem tinha cortes pelo corpo, que doíam a cada trotar do cavalo. Sua espada pendia ao lado de seu corpo, ainda segura por um punho que, a despeito da enorme provação pela qual passara, mantinha-se firme.

Conseguia ver a cidade à sua frente, e calculou, por um momento, que cavalgaria ainda mais seis ou sete horas. Iria rever seu povo e lhes contar as boas novas. Lograra sucesso em sua missão. Fora difícil, e por vezes ele pensou que não conseguiria, mas um desejo em seu coração queimava, e, graças ao desejo, ele estava retornando. Sabia que teria pesadelos por semanas. As criaturas grotescas e crueldades que viu na torre ficariam gravados em sua mente, talvez pelo resto de sua vida. No alto da torre uma câmara, onde algo que um dia fora um homem estava sentado em um trono.

Alto, majestoso, frio, cruel. Um necromante.

Nada antes em sua vida lhe assustara mais que aquele encontro. O jovem usou todas suas forças na batalha e, ainda não sabia ao certo como, saíra vitorioso.

De todos os saques possíveis na torre do mago, o jovem cavaleiro tomou para si apenas duas coisas. Um escudo, para substituir o próprio, despedaçado em um embate contra uma quimera, e um elmo, pois o seu fora quebrado pelo próprio necromante. Seu rosto carregava também cortes onde os feitiços haviam lhe atingido. Não fosse seu elmo, teria sido decaptado.

Sabia que a torre deveria esconder muito mais riquezas, mas seu espírito estava cansado demais para ser ganancioso. Que o povo e os outros soldados se refestelassem em saques, seu trabalho já estava feito.

Não tinha derrotado todas as criaturas da torre, tendo escapado delas diversas vezes durante sua jornada. E agora voltava para casa, em fuga. Monstros cheios de ódio e vingança por seu mestre morto desejavam, obsessivamente, trazer morte àquele cavaleiro que ousara enfrentá-los. Rhano cavalgou como o vento, é verdade, e o jovem agradeceu aos deuses por cada trotar, cada corrida, cada passo a mais. Não lhe restavam forças para outro embate, ele pensava. Precisava chegar em casa. Precisava descansar.

Precisava vê-la.

Vendo a cidade à distância, o cavaleiro forçou a si mesmo e ao cavalo a seguirem adiante. Mais algumas horas, pensou. Mais algumas horas e estarei seguro. Mas a vida parece pregar peças com todos, e não foi diferente com aquele rapaz. Pois o reino de Korhal não sofreu apenas com as crias do mago, nesses últimos anos. As estradas há muito não eram patrulhadas. Todo o contingente de soldados do reino estava nas muralhas, de forma que diversas criaturas asquerosas e oportunistas atuavam nas estradas como salteadores.

E o jovem se viu presa de dois deles.


Goblinóides bárbaros. Criaturas repugnantes, dotadas de força muito maior que a de um ser humano, um faro potente e sede de sangue. O jovem acelerou o trote do cavalo, mas a passagem na qual se encontrava favorecia seus perseguidores, que correram pelas colinas abaixo, saltando sobre o cavaleiro.

- Não vão me matar sem luta! - bradou - Não sobrevivi à torre de um necromante para ser abatido por vocês!

Era uma boa bravata, e se ele estivesse descansado, sem ferimentos e com sua espada afiada, aqueles orcs seriam rechaçados com certa facilidade. Ele era, afinal, um cavaleiro treinado pelos melhores de Korhal.



Mas a situação não era ideal, e ele, à duras penas, aparou um golpe de machadinha com sua espada pesada, girou o cavalo em torno do próprio eixo, e atacou. Foi um corte certeiro no peito de seu perseguidor, que não mais viveria. No entanto, o giro o deixou de costas para o outro e isso lhe custou um corte de faca no flanco. Anéis da sua cota já avariada foram danificados, e ele sentiu seu sangue brotar.

Concentre-se, disse para si mesmo, tentando ignorar a dor.

Instigou Rhano para cima do selvagem, que foi obrigado a recuar para evitar o pesado cavalo de batalha. Esse recuro o fez se desequilibrar, e o jovem desferiu um golpe preciso em sua garganta, lavando o chão com o sangue negro.

Antes então que pudesse comemorar uma vitória, ouviu a canção da harpa da morte. Um arqueiro disparava flechas de cima do morro à sua esquerda, e o jovem ouviu o distinto tom que a corda do arco emite quando é solta depois de ser tensionada. Encolheu seu corpo na esperança de que as flechas não o atingissem, embora sequer as tivesse visto.

Aquele segundo pareceu uma eternidade, até que ele ouviu o barulho da seta atingindo o solo. Momentaneamente aliviado, ergueu seus olhos e divisou o alto do morro. Era estranho que um arqueiro bem posicionado errasse um alvo tão fácil quando um homem em um cavalo.

- Você está atrasado Khalembar, - disse uma voz doce e severa sobre o morro - e você bem sabe que eu odeio os seus atrasos.

E, pela primeira vez em dias, Khalembar sorriu. E, de repente, grande parte de suas dores deixou seu corpo. Lá estava ela, com sua espada em punho, trajando sua armadura. Um fio de sangue escorria pela lâmina e, no chão, aos seus pés, um arqueiro morto.



Nossa, como sentira saudade. Ela continuava linda, e sorria, carinhosa.

- E essa é a sexta vez que você salva minha vida, Michelle. Eu devo ser mesmo um cara de sorte. - sorriu - Ande, vamos voltar para o reino. Preciso descansar e tenho boas novas a contar para o rei.

O semblante da jovem adquiriu um tom tenso.



- Que bom que tem boas notícias Alex... porque passamos por uma hora sombria. O Selo foi quebrado.

E que os deuses nos ajudem, pensou Alexander Khalembar, pois ele se lembrava bem das histórias sobre a última vez em que o Selo fora quebrado.

Ele se lembrava bem de quando perdera seus pais.



Continua...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Rolando os Dados



Continue rolando os dados e entenda a mente do "Historiador"



E olá mais uma vez, amigos e amigas roladores de dados! Continuamos juntos na longa jornada que abrange os tipos diferentes de jogadores que nosso grande hobby atrai, suas peculiaridades, potenciais probleminhas e como lidar com isso tudo da forma mais divertida possível, afinal, é pra isso que o RPG serve!

E hoje, homenageando mais um jogador integrante da mesa onde eu sou mestre (na verdade, quase dois, rsrs), o subtipo em foco será...

O HISTORIADOR

Exato senhoras e senhores, porque o RPG é, acima de tudo, um jogo de imaginação e de contar histórias, sim sim. E existe um tipo de jogador que quer exatamente isso. As histórias.


Esse singelo jogador não se importa muito com poder, não esquenta a cabeça se seu personagem morre, ou até se o vilão acaba vencendo, desde que a história seja boa. Ele evolui o personagem de acordo com a forma como a história evolui. Ele quer mesmo é que as coisas que aconteçam na mesa sejam memoráveis. Se seu personagem morre, mas com isso ele conseguiu ajudar a história a prosseguir, salvando seus amigos da morte. Ou, quem sabe, sua morte foi em uma memorável luta com dezenas de monstros, ele acha superlegal.

Poder? Ele não esquenta muito a cabeça com isso, e, normalmente, escolhe um item do tesouro se aquele se encaixar com o histórico do seu personagem. Não importa se a espada vorpal gigante +4 do tesouro está disponível pra ele. Diacho, o machado que ele usa é a última coisa que seu falecido pai deixou com ele, ele não vai parar de usá-lo!!

Você pode me perguntar como reconhecer o historiador. Eu lhe respondo: Normalmente ele é aquele jogador que passa a aventura inteira fazendo anotações. Sério, tenho um jogador na mesa que anota TUDO que se passa na aventura, como se fosse um mega-diário de seu personagem (ou sua “memória”, como a gente brinca lá). Esse tipo de jogador acaba sendo um ótimo auxílio pro mestre em campanhas longas, afinal, ele sempre terá as anotações do que ocorreu em cada dia. Uma grande mão na roda!

Como sempre, nem tudo são flores, e o historiador também pode ser um tanto “inconveniente” nas partidas, necessitando de um trabalhinho de adaptação tanto por própria parte, quanto por parte dos jogadores e do mestre.

Acho que o maior “inconveniente” do historiador é sua necessidade de eventos memoráveis. Não dos eventos em si, mas da lembrança dos mesmos.


Vejam bem: imaginem que um jogador perde seu personagem durante uma travessia pelas montanhas. O grupo foi atacado por gigantes do gelo, e o guerreiro ficou pra trás, para defendê-los e garantir sua passagem. Sua batalha foi grande, mas, no fim, ele foi derrotado e morreu. Graças ao seu sacrifício, os heróis poderão continuar sua jornada e salvar o mundo.

Muito bom né? Um prato cheio pro historiador. Que pode ficar muito frustrado (e até com razão) se aquele seu sacrifício heróico for simplesmente esquecido lá pra frente. Nunca mais for mencionado, na aventura, fazendo com que tenha sido “mais um”. Seria interessante o mestre fazer uma pequena homenagem pra ele, talvez citar, posteriormente, que aquela montanha foi batizada com o nome do guerreiro, etc. Coisas pequenas assim já agradam seu historiador de plantão.

Outra coisa meio chatinha é quando o historiador também é o que eu chamo de “purista” ou “realista-nato-incoerente”.

Explico: O purista é o jogador que torce o nariz pro fantástico. Ele acha super normal bolas de fogo explodindo, armas mágicas vorpais e invasões de demônios saídos do multiverso. Mas coloque uma situação acrobática ao extremo, como ser arremessado na parede por um gigante e querer rodar no ar, para bater na parede com os pés, tomando impulso pra saltar, da parede, de volta pro gigante, e ele dirá “impossível! Heresia!”.

O grande problema de juntar o historiador com o purista é quando o cenário da aventura é um cenário realista/histórico. Imaginem uma aventura travada na segunda guerra mundial. Imagine então que os jogadores são soldados aliados que desembarcam na Normandia. Daí o mestre resolve colocar um Panzer na saída da praia, atacando os barcos americanos. Aí o historiador purista grita “ei! Não haviam Panzers no desembarque no dia D, ficou maluco?”


Cabe ao mestre e aos jogadores lembrarem nosso rapaz que É SÓ UM JOGO! E distorcer a realidade faz parte! Tudo por uma boa história (cara, diga isso pra ele e você acabou de ganhá-lo, pelo seu lado historiador, hehehehehe)

Bom galera, é isso. Esse post é mais curto mesmo, porque eu tenho pouca coisa pra falar mal do historiador. Hehehehehehehhe. É um tipo de jogador que eu gosto bastante, e tenho características dele (principalmente jogando com um certo ranger e seu companheiro animal meio-warg).

Que vocês rolem bons dados!

o/

Desculpas

Apenas pra esclarecer, prestar contas e pedir desculpas.


Falaí, meus amores!
O bicho tá pegando...

Depois de uma série de acontecimentos estranhos com toda a equipe SubGhadernal, ficamos aí, todos estes dias sem post, os meus inclusive.
Estes acontecimentos incluem um modem queimado, uma caravana pernoitante, um evento típico fora de época e dois desaparecimentos inexplicáveis.

Eu acho isso uma m#rda, porque parece que o blog "esfriou", mas tenham certeza: as criações continuam a todo vapor, só estão para serem finalizadas.
Ainda teremos a conclusão de Walking Skull, a continuação de Lil, os sempre presentes reviews de séries, animes, filmes e jogos, mais da coluna game-saudosista, sem contar com os reformulados contos.

E, claro, mais tiras, comics e muita loucura da minha parte.

E, dentro em muito breve, o retorno do Cuícast, mais bem trabalhado, mais bem editado e muito, mas muito mais louco!


Novamente, desculpas por toda esta palhaçada de falta de posts. Vou tentar retomar o hábito dos "tapa-buracos".


Bjunda no coração de todos vocês e obrigado pela paciência.
Eu sei que vocês estão sendo pacientes.
Tenho certeza.



Estão, né?

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Dois Gumes

- Nossa... o senhor derrotou um dragão...
- Bem... em defesa dele, não era um dragão adulto... além do que, eu não estava muito... “dono de mim mesmo”
- Mas, mesmo assim... nossa... sua espada é muito forte...
- Sabe criança... o gume que protege pode ser também o gume que machuca...


Depois de vencer o dragão as coisas mudaram.

Os dias novamente eram arrastados, e parecia que enxergar aquilo que eu poderia ser tinha causado problemas ao amor que eu partilhava com Asami. Por um lado ela sentia medo daquele “eu impulsivo”. Por outro lado, eu me sentia estagnado, como se um negror corroesse meu espírito.

A Academia cada vez mais cobrava de nós alunos, e, ao passo que eu ficava cada vez mais sem me importar com as coisas, Asami ficava cada vez mais preocupada e nervosa. Brigamos diversas vezes por isso, e os sorrisos me faziam cada vez mais falta. Sempre quis que ela se divertisse mais com os estudos, mas, acho que por inexperiência, cada vez que eu lhe dizia para ter calma ela interpretava como uma bronca, ou uma repreensão.

E foi assim que me vi mais uma vez em um dos testes. Eu trajava uma armadura de batalha, pesada, que beliscava minha pele. Portava uma grande espada montante e um elmo que limitava bastante minha visão. Asami com seus trajes clericais e seu báculo. Meus outros companheiros armados e prontos para a batalha.

E, mais uma vez, foi um teste árduo. Companheiros caíram naquele dia, exaustos. Armaduras se partiram, machados empenaram, lanças se quebraram. O peitoral que eu vestia trincou-se por diversas vezes, a cada golpe que eu me postava na frente de Asami para defendê-la.

Minha espada já pesava muito em minhas mãos, e cada golpe que eu desferia era um esforço sem par para mim. Nossos adversários, Trolls das cavernas, criaturas de fúria e bestialidade, pareciam saber que eu me mantinha de pé apenas por vislumbrar meu amor, e a atacavam sem piedade.

E eu sofria cada golpe, porque eu não admitiria que nada mais a machucasse.

Nesse fim de tarde, quando todos estavam caídos, e apenas eu e Asami estávamos de pé, cercados por três remanescentes dos Trolls, eu ergui a espada mais uma vez. Um corte amplo, um golpe carregado muito mais de desespero do que de força e técnica.

Esse golpe jogou no chão os Trolls. Esse golpe os decapitou, nos tornando vencedores.

E esse golpe feriu Asami no peito.

Por todo o tempo seguinte, não me lembro bem do que ocorreu. Acho que a falta de visão que meu elmo causava foi uma das culpadas por aquele golpe. Tenho certeza que o desespero foi o ponto chave. Uma espada de dois gumes. Um protegeu, o outro feriu.

Tentei visitar Asami na ala hospitalar, mas uma das clérigas não deixou que eu me aproximasse dela. Tomado por vergonha e desespero, parti.

Vaguei por ruas escuras e becos estranhos. Vesti minha capa de viagem, coloquei alguns suprimentos na algibeira e deixei a cidade pra trás. A espada ficou. Não levaria comigo item maldito, instrumento com o qual profanei meu amor.

Era o fim de meu caminho, eu soube, e, por dias, pela estrada, vaguei.

Era um final de tarde, como aquele final de tarde que pesava no meu peito. Avistei uma caravana comercial. Estavam cercados por goblins, salteadores de estrada. Como aqueles com os quais me deparei ainda criança. Eram, todavia, muito mais goblins do que aqueles que nos haviam atacado, tantos anos atrás. Eram centenas, todos armados, e os guardas da caravana jaziam no solo, mortos.

E, sem pensar, sem espada, sem armadura ou escudo, eu os enfrentei. Havia ali pessoas a serem protegidas, e esse era meu dever. Me isolar e me afastar disso era negligenciar minha própria essência. Como tinha sido tolo. Como pude virar às costas para a única coisa que fazia sentido realmente.

Naquele fim de tarde eu lutei, com nada mais que meus punhos. E após minutos, ou horas, que pareceram dias, os goblins, apavorados e com seus espíritos quebrados, fugiram. Os sobreviventes da caravana saltaram de suas carroças, e, em uma delas, eu a vi.

Asami, com bandagens em torno de seu tronco, suas vestes clericais. Linda, como sempre. Ela me olhava entre um misto de dor, sofrimento, angústia, choro, saudade, sorriso e alegria.

Pensei em me aproximar, mas a mesma clériga que me impediu uma vez estava lá, me olhando com escárnio e reprovação, me impedindo mais uma vez de me aproximar dela.

Então o bardo tocou meu ombro e sorriu, e eu finalmente compreendi. Precisava crescer, precisava sair dali. E se Asami fosse meu amor verdadeiro, então, quando eu retornasse, ali estaria. E comigo iria ficar.

Sorri pra ela, virei as costas e caminhei até o porto, onde o bardo, através de seus conhecimentos, conseguiu para nós um navio e uma tripulação. “Passe alguns meses no mar, e ele lava sua alma” ele me disse.

E, assim, eu me levantei e deixei o vento guiar meu navio, sem certeza de em qual porto queria atracar... Afinal, criança, já fiz isso tudo, e muito mais coisas que não lhe contei, e, pra ti, pareço velho...

Mas a verdade é que tenho apenas 22 anos, e ainda tenho muito mais aventuras pela frente...

Hoje voltei de minha jornada pelo mar, e talvez um dia eu lhe conte minhas aventuras, pois sim, foram muitas. É impressionante a vastidão do mundo, e em cada esquina há uma nova jornada.

Mas se você esquecer tudo o que lhe contei, lembre apenas de uma coisa: O bardo sempre esteve certo. Quando estiver frente a frente com os maiores desafios de sua vida, sorria. Sim, sorria, porque isso tornará esses desafios bem menores.

Sabia das coisas, aquele bardo.


Fim (Por enquanto, rs)


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Bom, é isso aí pessoal! Chega ao fim minha primeira série de contos. Foi uma experiência nova e boa pra mim, afinal, nunca tinha conseguido dar seguimento a mais de um capítulo de texto, rsrs.

Agradeço aos que leram e comentaram. E sim, a história fica um tanto inacabada mesmo, mas minha inspiração-fonte pra esses contos também não chegou ao fim, de forma que daqui algum tempo, talvez esse velho de 22 anos volte a contar histórias para a criança que o ouve (e, muito provavelmente, quando ele voltar terá uns 23 ou 24 anos, rs).

Notei, desde que o blog começou, uma coisa muito importante: Evolução.

Nos comics, principalmente, pude ver o traço de meu amigo Rafero evoluir, pude ver as boas idéias de Mynnsen e Adele.

E reparei também que eu estagnei, tanto na escrita (onde sou pouquinha coisa) quanto nos desenhos (onde sou uma coisa um pouquinho melhor, rsrs). Estagnei e estava faz tempo sem treinar, sem me esforçar, sem aprender.

Por isso, a partir da semana que vem, os contos assumirão uma nova “cara”. Pois eu não quero abandonar a escrita, mas preciso voltar a desenhar.

Espero que tanto as novas histórias quanto as novas roupagens agradem a todos!

Vejo vocês no futuro. o/

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

F$dido pouco é bobagem...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Rolando os Dados



Como lidar com...

Olá mais uma vez, senhoras e senhores roladores de dados! Hoje, como prometido, segue a fase da minha querida coluna, tratando dos tipos peculiares de jogadores e como o mestre (e os outros jogadores) podem se adaptar às características do mesmo.

E hoje, vamos tratar do segundo tipo de jogador mais potencialmente "problemático" (atrás apenas do Apelão). E ele seria... *tambores rufando*


O ADVOGADO DE REGRAS

Sim, senhoras e senhores, porque o RPG, além de ser um jogo de interpretação e imaginação, possui livros e mais livros que tratam das regras do jogo. Regras para criar personagens, para causar dano, para resistir ao dano, para escalar, para cavar, para perseguições de carro, para perseguições à pé, para perseguições de nave, para perseguições onde o perseguidor monta um rinoceronte albino e o perseguido um jumento cinza...

É...são muitas regras, e os jogadores não precisam saber todas!! (Nem o mestre, que fique claro!!).

Mas existe um jogador que tem um prazer sádico e cruel, beirando a insanidade, de ler livros e mais livros de regras, guardando todas elas na sua caixinha de memória. Sim, porque o cérebro do Advogado de Regras, em se tratando do RPG, é uma grande livraria. As regras de GURPS, VAMPIRO, LOBISOMEM, D20, 3D&T... TODAS ESSAS MALDITAS REGRAS estão naquela cabecinha!

Mas tudo bem, isso, por si só, não atrapalharia ninguém. Quer dizer, qual seria o problema de um jogador saber todas as regras?

Bom, existem duas vertentes que podem prejudicar a diversão de todos:

VERTENTE NÚMERO 1 - "Então, se demos cada um três ataques, causando 7, 9 e 6 pontos de dano, sendo dois cortantes e um perfurante, e esse monstro ainda está de pé, isso quer dizer que a redução de dano dele deve ser em torno de 5, e ele deve ter uns 25 pontos de vida"

Viram? Na primeira vertente o Advogado, com seu conhecimento das regras, tira um bocado da surpresa que os jogadores experimentam enfrentando o monstro que o mestre colocou em mesa. Ele pode acabar por reduzir aquele gigante do gelo colossal em um monte de números. Sem contar que o Advogado provavelmente leu o livro dos monstros, então ele sabe exatamente as fraquezas do monstro, e suas invulnerabilidades. Mesmo que seu personagem não saiba, ele acaba revelando essas informações pros outros jogadores, fazendo com que a história fique esquisita.

Me recordo de uma aventura que eu mestrava e os jogadores se viram frente a frente com um Troll (bicho tarimbado de aventuras de RPG medieval fantástico). O jogador que controlava a maga elfa rapidamente "grita" - "Trolls regeneram danos, e só não regeneram danos causados por fogo e ácido!".

(Valeu Fábio...)
Não preciso nem dizer que era a primeira vez que a elfa maga via um Troll na vida. Não tinha nada na ficha dela que lhe dava essa informação. Mas o jogador, um advogado de regras padrão, sabia.

(Mas você esqueceu do arremesso de magia, né, seu apelão, rsrsrsrs)

E então, você me pergunta, o que é legal de se fazer nesse tipo de situação?

Bom, por experiência própria, eu gosto muito de usar o Advogado de Regras ao meu favor (tanto como mestre como jogador). Sim, porque com esse conhecimento de regras, raramente eu preciso consultar um livro (melhor perguntar pra ele direto, ora bolas!)

(Valeu Fábio, suas consultas, especialmente sobre GURPS Magia ajudam pra caramba... tá bom, eu não te odeio... não completamente, hehehehehe)

E, como mestre, nos casos onde quero manter a surpresa pros jogadores, por que não inovar? Digamos, fazer um Troll que seja vulneravel à gelo, ou apenas aos ataques perfurantes?

Monstros com variações são muito bons para deixar inclusive o Advogado com a pulga atrás da orelha. Assim, é diversão pra todo mundo, inclusive pra ele!

VERTENTE NÚMERO 2 - "Ei mestre, olha aqui meu mago-ninja-monge-swashbucler-guerreiro-ladino-de-nível-29-que-mata-com-um-olhar, eu juntei todas as regras e meu adversário não tem direito a teste pra resistir, segundo o livro XYZ, página 435, coluna lateral da esquerda"

Ou "Quando o Advogado vira um apelão"

É... com tanto conhecimento de regras, o Advogado pode ir para "o lado negro da força" e se tornar um apelão. E um apelão de respeito, combinando um imenso conhecimento de regras com a sede incrível de poder.

Cara... por experiência de vida: se o Advogado virou um apelão... desencana, continue sua vida como mestre e faça com que esse ser não estrague a diversão dos outros.

Uma boa idéia seria pedir pro Advogado-Apelão ajudar os outros jogadores na montagem das fichas, fazendo com que a mesa inteira fique apelona.

Assim, o mestre pode apelar também, e o desafio fica o mesmo pra todo mundo. E todos ficam com personagens igualmente fortes, assim ninguém sente seu personagem inferior.

É... usar o Advogado em benefício do grupo (e do próprio mestre) é a idéia que eu mais gosto de aplicar em mesa. Dessa forma todo mundo se beneficia, e o Advogado tem várias oportunidades de utilizar seu conhecimento em prol "do bem".

Bom galera, é isso aí. Espero que a coluna tenha sido elucidativa e divertida.

Ah, se você me perguntar que tipo de jogador eu sou, eu te responderia assim: "sou um advogado de regras misturado com um roleplayer e com toques de um historiador... mas esses dois últimos eu explico nas próximas semanas"

Que vocês rolem bons dados.

o/

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Come IN and play!!!

(Definitivamente, depois de conhecer o pincel, não há mais caneta pra mim...)

Fala, galera!

Depois de um fim de semana meio estranho (círculo vicioso: desânimo me faz não querer desenhar, não desenhar me deixa desanimado e assim adiante), fui salvo do torpor por nossa querida Adele \^^/

Bem, isso me deu uma idéia...
Tá, eu tô roubando a idéia do Piscina, que quer utilizar o Ghadernal (O Ghadernal, assim, sem "sub"(ele ainda não existe(ainda))), para divulgar mangás e webcomics de quem quiser participar.

Eu também quero que o SubGhadernal inspire vocês a criar!

De modo que eu venho aqui, novamente, pedir encarecidamente, não, IMPLORAR que vocês participem de qualquer forma que vocês puderem!

Mas, claro, alguns de vocês têm vida social desde sempre e não tem o costume de desenhar, escrever, ilustrar e etc.

Bom, o que eu posso fazer por vocês é ajudar a criar essas tirinhas simples, já que eu não sei escrever tão bem quanto o Rodox, ou fazer animações como... hã... animadores.

Já vão pensando no tema!
Em breve eu posto os tutoriais ;D


Momento WTF:
Eu tava esperando o CQC começar aqui e no programa anterior tava rolando algo como um "Miss Laje RJ 2009" e a apresentadora toda animada dizendo os prêmios:
"Para o primeiro lugar, um belíssimo carro usado! Mas, para as outras competidoras não se chatearem, também serão distribuídas churrasqueiras, conjunto de roupas e será sorteado um vale-compras de 900 REAIS EM ITENS DE R$1,99!!! ÊEEEEEEEEEEEEÊ!!!"

domingo, 9 de agosto de 2009

Comic - Colaborativo

Nossa seguidora, Adele, dessa vez participando diretamente ^^
Cliquem na imagem, porque eu não tô conseguindo fazer ficar de um tamanho legal.


Brigadão, Adele!

(Samir ressurgirá das cinzas no Domingo)

sábado, 8 de agosto de 2009

Espaço GeeK - Criando um Mosaico

Fala galera! Boa noite! São 01:15 da madruga e eu aqui! rs... Bem estava navegando a procura de algo legal para postar e achei este programa bem interessante. Foto-Mosaik-Edda é um programa gratuito que cria um mosaico com a imagem que você quiser. É baixar, seguir as instruções, apontar para seu diretorio de fotos e pronto.


Fonte: O Velho

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Carta Coringa


Olá pessoal!

Peço incríveis desculpas por não postar conto hoje (como se a galera fosse se incomodar, rsrs), mas reuniu galera e não sentei pra escrever o conto de hoje!
De forma que eu vim aqui, na maior cara de pau, dizer pra vocês que esses meus dias estão sendo muito legais!

Hahahahahahahahha!!!
A foto acima é da trilha que nós fizemos pra ir até Maciés! Foi muito maneiro, principalmente porque foi uma trilha feita por jogadores de rpg, e ficamos falando besteira o tempo todo!
A cada curva do caminho, uma emboscada orc foi esperada.
Mas não aconteceu, fiquem tranquilos. Também não encontramos nenhum Pokémon.
Piada interna.
Bom, é isso aí, vou ali jogar rpg. Bom final de semana pra vocês, e até semana que vem!
o/

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Rolando os Dados


Como lidar com o...

Olá senhoras e senhores roladores de dados, começaremos a tratar, de hoje em diante, sobre os diferentes tipos de jogadores e como os outros jogadores – e nosso amigo mestre – deveriam lidar com ele. Desde como aceitar seu “jeitinho peculiar”, até a “colocá-lo na linha”.

Sim, senhoras e senhores, colocar na linha sim, porque alguns tipos de jogadores podem facilmente – ou não – causar desagrados e prejudicar a diversão dos outros integrantes da mesa, e do próprio mestre.

E, para abrir essa fase da coluna, vamos logo tratar do jogador que é o mais odiado, vil, imoral, destruidor de mesas de jogo e ownador de vilões finais.


O APELÃO.



Primeiro:
como reconhecer esse jogador maléfico.
Simples. Em primeiro lugar, ele é o cara que aparece com as regras mais obscuras, escondidas nos livros mais bizarros. Ele faz as multi-classes mais vantajosas no sentido de uma anular os defeitos da outra. Ele faz combos mega-mirabolantes com talentos, vantagens, perícias... o que quer que o sistema permita.
E depois, ele “esquece” as desvantagens de seu personagem.

Sim, sim, porque o apelão sempre ignora os defeitos de seu personagem. Ele pega aquelas desvantagens para conseguir pontos de bônus, e depois “esquece” aquele inimigo/dever/segredo, e segue na campanha se aproveitando de seus enormes poderes. Em D&D e outros sistemas onde não existem desvantagens, o apelão prolifera com maior força, pois ele apenas coleta os melhores talentos/magias/poderes especiais e faz seu personagem não ter defeitos.


Como os jogadores então lidam com o apelão?

De duas formas: ou o aceitam de bom grado, com o lema “pelo menos ele está do nosso lado”, não se importando com o fato de que aquele personagem passa pela aventura sem problemas, enquanto eles sempre correm risco de morte.
Ou então os jogadores se ressentem, porque o apelão parece sempre “roubar a cena”, fazendo parecer muito fáceis aqueles desafios onde os outros personagens foram derrotados.


Então o que o mestre pode fazer para “corrigir” as coisas?

Sim, porque cabe ao mestre fazer com que os outros jogadores não sintam seus personagens inferiores ao do apelão, e, ao mesmo tempo, fazer com que a aventura seja difícil não só para os personagens do grupo, como para o apelão igualmente.

Então mestre, lembre-se que se o apelão pode cavar regras obscuras, você não só tem esse mesmo poder, como também pode DRIBLAR e DISTORCER regras. E você não será condenado por isso.

O mestre também pode simplesmente PROIBIR os combos mirabolantes do apelão, impedindo-o de fazer essas coletas. Em alguns sistemas, restringir o uso de certos livros funciona bastante para coibir o apelão e nivelar o poder da mesa.

Proibir certas multi-classes também é válido, pois o apelão se beneficia das vantagens de duas classes, fazendo com que uma anule as desvantagens da outra, fazendo seu personagem ser “perfeito”. Assim, o apelão normalmente faz um guerreiro/mago/ladrão, se beneficiando dos bons pontos de vida e bônus base de ataque do guerreiro, das magias do mago e das habilidades com armadilhas do ladrão.



Assim o apelão passa sua imagem de auto-suficiente e não tem a desvantagem do pouco alcance do guerreiro, dos poucos pontos de vida do mago e suas magias limitadas, etc.

O mestre faz bem em lembrar o apelão de suas desvantagens, e construir aventuras onde as habilidades dos outros personagens do grupo sejam valorizadas. Cabe também ao mestre construir inimigos que consigam anular os maiores poderes do apelão, ou, até, ter os MESMOS PODERES DO APELÃO.

Sim, porque seus poderes nada mais são que uma ficha, e o mestre pode simplesmente usar um “gêmeo maligno”, com a mesma ficha e os mesmos poderes.

E se o apelão não presta muita atenção e nem dá muito valor à história, faça com que a mesma seja responsável por pistas para que decisões inteligentes sejam tomadas, em situações onde poderes e força não podem resolver o problema.

É... não é muito fácil colocar o apelão na linha, mas é possível.
Em algumas aventuras na vida, me deparei com apelões de todos os tipos, e em alguns casos eu apelei mais que eles, em outros fiz a história prevalecer e na maioria das vezes eu busquei valorizar os outros personagens, para que estes se sobressaíssem.
Ultimamente existe um jogador na minha mesa na faculdade que possui o espírito apelão. Um mago que se encanta lindamente com a quantidade de dano gigantesco que ele causa, sempre se vangloriando de ser o maior responsável pela derrota dos inimigos.

O que eu fiz? Um inimigo imune à magia.

Bom, ficamos por aqui essa semana, e eu espero que tenha sido esclarecedor, instrutivo, ou, pelo menos, divertido (pelas imagens, ta valendo, hehe).

Semana que vem, a missão continua, dessa vez com outro jogador bastante peculiar.

Até semana que vem pessoal.

Que vocês rolem bons dados.

o/

RAFERO'S BEDELHO: Cliquem nas imagens para vê-las em maior resolução. Blogspot must die ¬¬

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Review Ponyo



Falaí, pessoas!


Cá estou eu de novo! Calma, dessa vez não é de nenhuma série que vou falar! Vim fazer com que vocês tenham vontade de assistir essa obra maravilhosa que é Ponyo. Na verdade ter o selo “Hayao Miyazaki” e dizer que é maravilhoso é meio redundante, o cara é sinistro mesmo.


Antes de mais nada, sim, sou uma completa baba-ovo do Miyazaki, mas ele é absolutamente babaca. Isso não tira a “fodeza” dele, ele realmente é um gênio da animação e os roteiros são sempre incríveis. Mas não justifica o impressionante grau de babaquice dele. Calma, vou explicar... alguns anos atrás, quando a revista Henshin sobre mangas e animes ainda era lançada (pela JBC se não me engano) li uma entrevista com o Hayao Miyazaki. Eu nunca tinha assistido a nenhuma obra dele e fiquei alguns anos sem fazê-lo pelo do trauma que essa entrevista me causou. Como não achei a minha edição que tem essa entrevista e nem achei disponível na internet, não posso transcrever exatamente as palavras dele, mas quando perguntado sobre a opinião dele da indústria de animes da época, a resposta foi algo como: “os mangakás de hoje em dia perderam a criatividade, não há nada original, exemplo disso é Sailor Moon e Saint Seiya” e por aí foi. Não enxergo de forma alguma como ele poderia ter o direito de desmerecer outras obras só por ser considerado o mestre da animação. Enquanto eu fazia pesquisas para escrever essa review vi que ele disse que “decidiu fazer o longa porque não gostou muito da versão recente da Disney” (se referindo a “Procurando Nemo” e à similaridade com “A Pequena Sereia”). Opaaa, peraí! Qual era o lance sobre originalidade mesmo?!


Enfim, vim falar sobre Ponyo, não sobre a babaquice do Miyazaki e já me estendi demais nesse assunto, hehehe.


Pois então. Ponyo (Gake no Ue no Ponyo em japonês, cuja tradução seria “Ponyo no Penhasco à Beira do Mar”) já estreou no Japão arrasando as bilheterias, como é de costume quando se trata das obras do Miyazaki. Chega em 14 de Agosto nos cinemas do mundo (do mundo civilizado e sem atraso tecnológico, pelo menos) e em 9 de Outubro no Brasil. Maaaaaaas euzinha, em minhas idas semanais ao Japão, assisti e trago em primeira mão esta review!!!


Sosuke é um menino de 5 anos que mora com sua mãe numa cidade portuária, e é feliz com sua família, apesar de o pai estar sempre fora por causa do trabalho nas viagens de barco. Sua vida sai da rotina normal quando encontra um peixe (uma peixa?) e passa a cuidar dela, batizando-a de Ponyo. No entanto, Ponyo não é um peixe normal e sua vontade de estar com Sosuke causa muita confusão à cidade e aos seus pais, ainda mais quando ela consegue desenvolver membros e aparência humana. A história é fofinha e vai por aí, mas a grande sacada do roteiro é a preocupação ambiental: a vida marinha sendo arrasada pelas atividades pesqueiras, poluição por causa dos combustíveis, a natureza se revoltando e ameaçando a cidade, o equilíbrio entre o estilo de vida humano e a natureza. Esse viés ambiental está sempre presente em suas obras, como em Kaze no Tani no Naushika (Nausicaä do Vale dos Ventos), Mononoke-hime (Princesa Mononoke) e Hauru no Ugoku Shiro (O Castelo Animado).


Esse longa é claramente mais direcionado ao público infantil e possui menos complexidade de roteiro que outras obras como Sen To Chihiro no Kamikakushi (A Viagem de Chihiro), porém não deixa de ser maravilhoso (estou me repetindo muito com esse adjetivo, não é? Mas não dá pra descrever de outra forma!), assim como as escolhas da trilha sonora, a música de abertura é emocionante.


Todos já sabem a minha opinião sobre Ponyo, certo? Não deixem de assistir e não se deixem levar pelo meu “pequeno” parágrafo de críticas à personalidade do autor, até hoje nenhum de seus filmes me decepcionou, pelo contrário, terminei todos eles com uma expressão embasbacada na cara. Recomendo também todos esses filmes que citei durante o texto, com ênfase n’O Castelo Animado e em Princesa Mononoke. E eu tentei me controlar pra não colocar isso aqui, mas whatever, aí vai a filmografia do cara – o único que ainda não vi é Tonari no Totoro – (diretamente da Wikipedia xD):

  • Kaze no Tani no Naushika (風の谷のナウシ , Kaze no tani no Naushika) - (em inglês: Nausicaä of the Valley of Wind), 1984
  • Tenkû no Shiro Rapyuta (天空の城ラピュタ , Tenkû no shiro Rapy) ) - (em inglês: Laputa: The Castle in the Sky), 1986
  • Tonari no Totoro (となりのトトロ, Tonari no Totoro) - (em português: Meu Vizinho Totoro ou Meu amigo Totoro), 1988
  • Majo no Takkyûbin (魔女の宅急便 , Majo no takkyûbin) - (em português: Serviço de entregas da Kiki), 1989
  • Kurenai no Buta (紅の豚, Kurenai no buta) - Porco Rosso, 1992
  • On Your Mark (vídeo-clipe de Chage & Aska), 1995
  • Mononoke-hime (もののけ姫, Mononoke-hime) - (em português: Princesa Mononoke), 1997
  • Sen to Chihiro no Kamikakushi (千と千尋の神隠し, Sen to Chihiro no kamikakush) - (em português: A Viagem de Chihiro), 2001
  • Hauru no Ugoku Shiro (ハウルの動く城, Hauru no ugoku shiro) - (em português: O Castelo Animado ou O Castelo Andante), 2004
  • Gake no Ue no Ponyo (崖の上のポニョ, Gake no ue no Ponyo) - (em inglês: Ponyo on the Cliff), 2008

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Resenha crítica sobre TRANSFORMERS - A VINGANÇA DOS DERROTADOS


Antes de começar a falar sobre o filme vai aí uma pequena sinopse:
Dois anos após a batalha entre os Autobots e os Decepticons, Sam Witwicky (Shia LaBeouf) enfrenta a ansiedade de entrar na faculdade. Isto significa que ele terá que morar separado de seus pais, Judy (Julie White) e Ron (Kevin Dunn), deixar a namorada Mikaela Banes (Megan Fox) e ainda explicar a situação ao seu amigo e protetor Bumblebee, já que pretende levar uma vida normal de agora em diante. Paralelamente o governo desativa o Setor 7, resultando na demissão do agente Simmons (John Turturro). Em seu lugar é criada a NEST, uma agência comandada pelo capitão Lennox (Josh Duhamel) e o sargento Epps (Tyrese Gibson), que trabalha em conjunto com os Autobots. Porém a NEST enfrenta a resistência de Theodore Galloway (John Benjamin Hickey), o consultor da segurança nacional, que a considera supérflua.
Crítica:
Com cenas de lutas eletrizantes de tirar o fôlego, “A Vingança dos Derrotados” consegue uma proeza até então desconhecida para mim no cinema, ele conseguiu gerar tantas expectativas superando o primeiro filme, no qual os robôs ainda eram novidade para o público.


Bem, o filme não tem roteiro, como já era esperado de um filme sobre robôs gigantes que “tampam na porrada”, os personagens não perderam e muito menos ganharam mais destaque, equilibrando assim o filme. Outro fator interessante bastante positivo para o filme foi a inserção do personagem Leo Spitz (Ramon Rodriguez), colega de quarto de Sam. Este personagem juntamente com o Agente Simmons (John Turturro) enriquecem ainda mais o filme com um ar cômico. Não podemos esquecer Mikaela(Megan Fox) que continua no filme ainda mais sensual e super sexy, porém sua participação é bem menos significativa do que no primeiro filme, tornando-se apenas um atrativo hormonal para os homens. O protagonista Sam Witwicky (Shia LaBeouf) recebe grande importância no filme, e dessa vez muito mais significativa, pois é ele que se torna um dos grandes objetivos para os “Decepticons”.


Neste filme percebemos que os “Autobots” tornam-se brinquedos do Governo Norte Americano, ajudando a uma força tarefa militar secreta especial que enfrentam “Decepticons” que estão infiltrados na Terra. As perseguições dos “Autobots” aos “Decepticons” são de tirar o fôlego, mas o grande destaque deste filme é Optimus Prime, líder dos “Autobots”, e sua luta frenética contra Megatron e mais dois “Decepticons”, uma luta que me fez vibrar e quase entrar em frenesi no cinema.

Enfim, “Transformers: A vingança dos derrotados” é um mega filme que pode ser visto por crianças, jovens e adultos (fãs ou não fãs da série), indico para todos pois é um ótimo filme.

Ahh sim! Algumas curiosidades:

- “Transformers: A Vingança dos Derrotados” consegue a 9° maior bilheteria de toda a história do cinema ultrapassando a de StarWars Episódio III – A Vingança dos Siths, com um faturamento de US$ 801.362.213,00, sendo que US$ 383.500.991,00 nos EUA e US$ 417.861.222,00 no resto do mundo.

- Michael Bay pretendia rodar um filme menor entre Transformers e sua sequência, mas não encontrou no período nenhum projeto que lhe atraísse.

- John Turturro teve autorização para escalar as pirâmides durante as filmagens no Egito.