quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Rolando os Dados

E hoje vamos nós trocar uma idéia sobre a criação de personagens!



Olá, senhoras e senhores roladores de dados! Hoje estou aqui, a despeito de alguns probleminhas pessoais, escrevendo sobre o que eu mais gosto no RPG: Criar.

E queria falar, no momento, sobre a criação de um personagem. Não em termos de regras, ainda não. Primeiro queria falar sobre o que torna um personagem legal, memorável, único.

Primeiramente, o que torna um personagem único?

Eu sempre achei que ter um "diferencial" torna um personagem único. Isso pode ser tanto uma vantagem quanto uma desvantagem (na maioria das vezes, ambos). Por exemplo: se todos na mesa são elfos, dificilmente algum personagem será distinto por si só. Mas em um grupo de elfos, o ladino humano é rapidamente notado, sem ter feito nada. Claro, o humano no grupo de elfos é o personagem com a pior visão de todos.

Ter presença tem seu custo, rsrs.

Outra coisa importante é o "modus operandi" do seu personagem. Guerreiro de espada, Mago de capa e cajado e Anão barbudo com machado são coisas totalmente esperadas. Existem dezenas de estereótipos assim em mundos medievais.

Agora, tenha um ladrão que luta desarmado, um guerreiro que usa uma grande alabarda, um mago com uma espada e um anão monge que luta com um bastão, e voilá, você tem um personagem que se destaca, intriga.

Tomando como exemplo Haru, meu atual personagem em uma campanha de D&D.

Haru nasceu se chamando "zero". Ele nasceu escravo de um reino de Duergar (uma espécie de Anões malignos) e, nesse reino, cada escravo era nomeado por seu custo pra seu dono. Como ele já nasceu escravo, não custou nada.

Zero.

Ele então encontrou uma poderosa manopla, capaz de conjurar um chicote mágico, e de absorver a essência de personagens malignos, para que seu poder aumente. Além disso, uma vez ao dia, a luva pode salvá-lo da morte, por assim dizer.

É, um item poderoso não? Em contrapartida, por ser um ex-escravo foragido, Haru iniciou a campanha com NENHUM dinheiro, posses, comida, etc. Tinha apenas a roupa do corpo, sapatos e uma bandana na cabeça. Sozinho em um lugar selvagem, sem nenhum treinamento em sobrevivência. Não tivesse sido achado por outros, poderia ter morrido de fome!

Além disso, Haru é um especialista em combate desarmado. Ou seja, no meio de vários caras usando espadas, lanças e arcos, ele batia com as mãos e pés. Notável para os que o viam em combate. Ele também, pelas regras, não podia usar armaduras como os outros personagens, perdendo em proteção. Era o custo da diferenciação.

Bom galera, viram que variando um pouco a história, escolhendo vantagens e problemas para seu herói ele fica muito mais diferenciado do "lugar comum"? E prezo muito essa diferenciação.

Ora bolas, a saga toda de Harry Potter se baseia em um herói que perdeu seus pais e sobreviveu de um jeito que nem foi por mérito próprio! Será que se Harry fosse um bruxo poderoso pacas desde sempre, ou se fosse apenas mais um bruxo comum do universo, ele teria "o que é preciso" para ser um bom personagem central?

É isso aí pessoal, esse post chega ao fim, mas vou continuar conversando aqui sobre a criação e desenvolvimento de personagens e mundos. Porque, no fim das contas, eu acho isso muito maneiro!

E sim, vou continuar usando experiências pessoais (como o Haru, por exemplo) aqui na coluna.

Até mais, e que vocês rolem bons dados!

3 comentários:

Marcus disse...

Mesmo com toda essa diferenciação, ainda não vi ninguém q conseguisse fazer um elfo macho...quando tentei fazer um, ele morreu =(
Mas é isso mesmo personagem clichê ja perdeu a graça...
Apoio aos personagens unicos!!!

Rafa disse...

Eu nao quero falar de harry potter assim, em comentarios XD
mas, marcus, a principio, o Fenrir era um elfo macho... faltou soh jogo de cintura do jogador...
mas o seymour continou macho durante toda a vida =D
confirma, rodox?

Rodox disse...

Confirmadíssimo! Mas calma Rafero, o mundo ainda não conhece Seymour... ainda! XD