quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Rolando os Dados

Olá, pessoas que moram no meeeu coração!

Hoje, devido a problemas diversos, não tem Rodox pra vocês...
Sim, eu também estou com vontade de chorar...

Então, nesta data cabalística, vou continuar um pouco sobre o assunto de semana passada.



Personagens Únicos

Não sei se meus conhecimentos litero-rpgísticos são vastos o suficiente, mas eu sei criar histórias e personagens (na verdade, eu estava fazendo isso até receber o torpedo apocalíptico), então, deixem-me tentar ajudar.
Como vocês devem lembrar, pra criar um personagem único, vocês irão precisar de um diferencial.
Vamos ver alguns pilares:

Background
Existem ótimos textos sobre isso (tenho certeza que o Rodox vai falar sobre), mas, basicamente, background significa o ‘passado’ do seu personagem. De onde ele veio, pelo que ele passou, quais decisões ele tomou e o mais importante: o porquê de suas decisões.
Sim, mesmo que seu histórico seja bem estruturado e o conceito do seu personagem seja ótimo, sem os ‘porquês’ seu personagem corre o seriíssimo risco de se tornar muito superficial.

Vamos a um dos exemplos que eu mais gosto:

O Homem-Aranha
Em uma época de heróis-perfeitos (Super Homem, Capitão América e etc), surgiu o Homem-Aranha, tendo tanto ou às vezes até menos peso que o jovem Peter Parker sob a máscara.
Ah, legal, ele tem problemas pessoais como Peter Parker, problemas heróicos como Homem Aranha, e muitas ótimas histórias sobre essa soma.
Mas o ponto que eu quero tocar hoje é?

Todo mundo deve conhecer a história, mas vamos lá:
O jovem Peter era simplesmente mais um nerd na escola, deslocado, solitário e etc, até que foi picado por uma aranha radioativa e ganhou ‘poderes aracnídeos’.
Oras, a princípio, ele foi exatamente como uma pessoa normal que ganhou super poderes, ele não se preocupava com mais nada e até tentou lucrar com isso.
Uma vez, como Homem Aranha, Peter não recebeu de um homem o dinheiro que o mesmo devia; completamente revoltado, pouco depois, Peter, ainda com a máscara, viu este homem ser assaltado, mas não fez nada para impedir o ladrão.
“Pronto, estamos quites.”, Peter pensou.
Mais tarde, este mesmo ladrão matou o tio de Peter.
A partir de então, Peter passou a entender e seguir o lema de seu tio:
“Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades.”

Pronto, um herói, com um background, motivação e um ‘porquê’, todas as três coisas trabalhando juntas para guiá-lo.

Isto não ajuda apenas a tornar um personagem profundo e envolvente, ajudará também a VOCÊ, na hora de tomar decisões com ele.
Você está jogando com o Homem Aranha e finalmente conseguiu convencer Mary Jane a jantar com você. Enquanto você está se arrumando para o encontro, você vê na televisão que o Dr. Octopus escapou da prisão (de novo) e está atacando a cidade (de novo).
Você não precisa pensar muito a fundo, é instintivo.
“Tenho poderes, tenho responsabilidades... Será que a MJ vai me perdoar (de novo)?”, enquanto termina de colocar a máscara e saltar do prédio.


O outro pilar seria o nome do seu personagem, mas o texto já está grande pra caramba... fica pra uma próxima oportunidade (espero que demore xD)

Mas posso deixar aqui, registrado, de antemão, uma frase de um dos nossos (meu e do Rodox) autores de RPG favoritos, Marcelo Cassaro:

“Se você não está se divertindo, você está jogando errado.”

E é basicamente isso, não importa se você quer apelar, interpretar, discutir regras, fazer história ou simplesmente encarar o RPG como uma boa maneira de reunir seus amigos, o que importa é que você consiga se divertir.

Essa ‘filosofia’ ajuda na criação do seu personagem também: priorize as coisas que vão agradar a VOCÊ primeiro, porque você vai passar várias horas (semanas/meses/anos) em contato muito íntimo com aquele personagem, você vai olhar através de seus olhos e sentir através de suas emoções. Se você estiver feliz e satisfeito com ele, você vai jogar melhor, interpretar melhor e isso vai ajudar a todo o grupo de jogo.

Tudo depende do que vocês preferem e/ou esperam:

- “Hey, lembram daquele meu guerreiro que se sacrificou pra derrotar sozinho um dragão pra salvar o resto do grupo?”

Ou

“- Rush Silfeather, seu verme desprezível! Finalmente encontrei você.
- S-senhorita Eskett?! Q-quanto tempo!
- Dois anos, quatro meses e 18 dias, pra sermos exatos.
- N-nossa, realmente muito tempo! Diga-me, o que faz a senhorita com essa armadura e essa espada na cintura?
- Existem momentos, seu bardo de araque, que realmente podem mudar a vida de alguém e a forma como esse alguém encara o mundo.
- P-puxa, isso é realmente profundo... Mas ainda não entendo o porquê de tant...
- Comprei esta espada há dois anos, três meses e 18 dias.
- Ah... percebo...”

É isso aí gente, fico por aqui, espero de coração que tenhamos nosso orelhudo de volta o mais breve possível (mas não vai ser amanhã).

Bjunda no coração de todo mundo!

Keep Benkyoing!
\o



4 comentários:

Mynssen disse...

Falae cara!
Realmente bem legal o texto.
Até pq não jogo RPG mas crio personagens (ruins e esperadicamente, mas crio..^^).
Enfim, fico no aguardo de novas dicas pra melhorar as futuras criações.. o/
P.S. Mandei um recado ontem mas eu sempre esqueço que tem q validar e talz e fecho a poha da página.

Mynssen disse...

*esporadicamente

Marcio Henrique disse...

Sim, profundidade do personagem é algo muito difícil de criar e mais difícil ainda de se ver... Acho que essa pequena ilustração já é um começo para eu achar a medida da criação de um personagem mais profundo... valeu!!!

Rafa disse...

@Mynssen Seus personagens são legais cara XD me amarro no seu processo criativo... soh falta por pra frente, peste ¬¬
@Marcio hmmm, vc anda falando muito de equilibrio... ja considerou se alistar na Ordem dos Cavaleiros da Luz? =D